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Segundo estudos realizados, cerca de 80% da população vai apresentar em algum momento da vida queixas relacionadas a coluna lombar, sem predileção por sexos, as crises ocorrem em média aos 35 anos de idade e em 2% dos casos vem acompanhada de dor tipo ciática que sugere alguma lesão no disco intervertebral.
A dor ciática corresponde a uma sensação dolorosa que se inicia no glúteo e desce pela parte posterior da coxa, podendo descer até o pé. A principal causa desta condição clínica geralmente é uma hérnia de disco na região baixa da coluna lombar comprimindo a raiz nervosa.
A coluna é composta por ossos chamados vértebras que são intercaladas por discos que funcionam como amortecedores e são estabilizados por ligamentos e músculos que dão mobilidade a coluna. Os discos possuem um centro formado por uma substancia gelatinosa extremamente firme conhecida como Núcleo Pulposo, cercada por um muro chamado Anulo Fibroso. Quando por sobrecarga ou desidratação este muro é lesado, ele pode abaular ou até mesmo extravasar o Núcleo Pulposo para fora do seu local habitual penetrando no canal vertebral, um túnel central da coluna onde o sistema nervoso se localiza gerando inflamação e por vezes, lesão dos nervos.
A Hérnia de Disco pode gerar desde leves dores até dores intensas e paralisias (temporárias ou definitivas) do segmento acometido, gerando também em alguns casos formigamentos e perda de força.
Em pacientes com hérnia de disco confirmada por imagem, dor de forte intensidade tipo ciática com sintomas persistindo por mais de 6 semanas.
Segundo as Diretrizes Clínicas na Saúde Suplementar, a técnica padrão ouro para o tratamento da hérnia de disco é a microdiscectomia, que consiste na remoção cirúrgica da hérnia com o uso do microscópio, sendo que a cirurgia endoscópica também tem seu espaço no tratamento desta patologia. Alguns procedimentos e técnicas minimamente invasivas como bloqueios e radiofrequência podem e devem ser discutidas por serem efetivas e capazes de substituir a cirurgia com menor agressão ao paciente.
Em caso de apresentar dor ou algum dos sintomas incluídos no texto acima, deve-se sempre procurar um médico especializado.